O autoexame é um método simples e sem custo para um conhecimento pessoal da mama da paciente, já que as mamas de cada indivíduo têm um padrão pessoal, podendo causar confusão entre a glândula normal e nódulos mamários, como nos casos de mamas densas e heterogêneas.
Deve ser realizado após o 70 dia do ciclo menstrual para as mulheres que menstruam, e deve ser realizado num dia fixo do mês naquelas mulheres que não menstruam (ou por cirurgia de retirada do útero, menopausa ou uso de anticoncepcionais contínuos).
É um exame para o autoconhecimento, podendo guiar a paciente a procurar ajuda precocemente em caso de alterações. O autoexame não substitui os exames de imagem (mamografia e ultrassom) e não substitui a avaliação médica presencial.
A atividade física é um importante fator protetor para a saúde do organismo em geral, o que inclui a saúde das mamas. Praticar esportes, fazer caminhadas, evitar o sedentarismo e consequentemente, controlar o peso, contribui para uma melhor saúde e diminuição da incidência de câncer de mama.
Assim como a atividade física, a alimentação não adequada ou não equilibrada pode afetar a qualidade de vida da paciente, predispondo a doenças crônicas e até mesmo ao desenvolvimento do câncer. Uma alimentação inadequada pode acarretar ganho de peso e exposição a substâncias cancerígenas (defumados, nitratos, p. ex.), fazendo com que haja um acúmulo de fatores nocivos ao organismo, podendo desencadear doenças sérias, como também o câncer de mama.
O histórico familiar para o câncer de mama ou de ovário é um importante fator a ser considerado no seguimento de pacientes no consultório.
Os órgãos acometidos por neoplasias durante a investigação do histórico familiar, principalmente em parentes de primeiro grau, podem mudar a estratégia de rastreamento na paciente que procura o consultório do mastologista. A antecipação da mamografia para idade inferior aos 40 anos é uma das principais medidas adotadas ao se identificar histórico de câncer de mama ou ovário em parentes de primeiro grau (pai, mãe ou irmãos).
Alguns tipos de câncer na família (p. ex. próstata no homem, sarcoma em crianças, pâncreas, estômago, intestino, melanoma, tireóide) fazem com que o mastologista recomende a realização de teste genético ou recomende um aconselhamento genético para a paciente.
A frequência de avaliação com o mastologista pode depender de alguns fatores como achados alterados nos exames de imagem, tempo decorrido após o tratamento do câncer de mama ou de resultados de biópsias mamárias.
Pacientes com exames de imagem com laudo BIRADS 2 tem acompanhamento anual. Nos casos de lesões BIRADS 3, o acompanhamento deve ser semestral, pois o exame clínico das mamas e a repetição periódica dos exames de imagem devem ser realizados a cada 6 meses. A biópsia mamária pode ser considerada, além da cirurgia.
Exames classificados como BIRADS 4, as pacientes devem ser submetidas à biópsia e o tratamento cirúrgico apropriado ou seguimento semestral é indicado.
Pacientes que tenham exames BIRADS 4 ou 5 e que tenham confirmação de malignidade, o tratamento oncológico é indicado. Após o término de tratamento, a consulta deverá ser semestral nos primeiros 5 anos; após esse período a frequência será anual.
Fonte: INCA